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E quando uma avalanche te assola. Quando a onda te arrasta, você nem sabe onde está.
Quando o chão parece árido demais, a água não refresca.
Quando a água que te vem tem sal.
Quando o sal tem gosto amargo.
Tomara que a Martha tenha razão.
"A Alegria na Tristeza
O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada."
Martha Medeiros
Nossa o texto desta mulher é sempre muito bom, lindo post, grande abraço, o resto nem preciso dizer, rss. Bjs
ResponderExcluirque profundo...e veio bem a calhar.
ResponderExcluirinaier.blogspot.com
Martha é fantástica com as palavras e sentimentos. A gente lê, pensa e não há mais nada a dizer, só assinar embaixo.
ResponderExcluirbeijo e um dia abençoado!
Bom dia Paula!
ResponderExcluirGanhei esses dias de presente um livro de crônicas dela, vou postar sobre, por enquanto só saboreando as palavras...
Temos artes hoje na Jubiart...
Beijãoooooooooo
Ana Paula,
ResponderExcluirRealmente a Martha tem razão, o recuo é necessário para ver onde estamos errando, para refletirmos como agimos e a que preço nos vendemos e se o fizemos, se de fato valeu a pena. Mas passa e o ressurgimento supera eventuais tristeza, renova ânimos e nos mostra novos caminhos, o que nunca podemos é magoar os outros, pois isso não tem volta, o restante, somos mulheres porretas, damos conta.
Beijos
Oi Ana Paula!
ResponderExcluirA-DO-REI seu post amiga!!!
Talvez ela tenha razão sim! Porque para viver tem que sentir... sejam alegrias ou tristezas... cada uma a seu tempo, pois ninguém é feliz ou triste o tempo inteiro!
Belas palavras e reflexões, suas e da Martha!
Bjsss
Oii, minha querida !!!
ResponderExcluirBelo post... eu amo Martha e vc fez uma bela reflexão. Viver é uma mescla de bons e maus momentos... cada um é que sabe para o quê e qual deve dar mais valor.
Beijinhos
Ana
"Triste é não sentir nada"
ResponderExcluirSer indiferente é a pior coisa que há, porque nada nos motiva. Tanto faz se amanhã será um outro dia, tanto faz se o mundo vai acabar - porque tudo é uma droga! Assim são os pensamentos do indiferente, do desmotivado!
Muito bom texto! Beijus,
Aninha,
ResponderExcluirMinha conterrânea Martha Medeiros sabe muito bem dar sentido, sentimento e emoções às palavras. Eu costumo ir do riso às lagrimas e vivo intensamente tanto um quanto outro. Sou feliz assim !:)
Beijo grandeeee
Aninha, espero também que ela tenha razão, que mesmo aquilo que nos machuca deva ser sentido, que mesmo a lágrima precise correr pela face, que mesmo os absurdos que às vezes escutamos precisem ser escutados, que tudo sirva como aprendizado e que no fim a gente saia mais forte, mais maduro e mais resistente.
ResponderExcluirÉ isso que espero do fundo do meu coração.
Beijos meu jardim